Situada no extremo norte da Chapada Diamantina, rodeada por serras, morros, lagos, rios, fontes e cachoeiras, Jacobina se apresenta como um excelente destino para os apreciadores do turismo ecológico. O município fica a 339 km de Salvador e se tornou conhecida como a Cidade do Ouro.

Topônimo 

A tradição oral afirma que o topônimo Jacobina vem do nome de dois indígenas paiaiás que acolhiam os desbravadores que por essa área passavam: um velho cacique chamado Jacó e sua companheira, uma sábia mulher chamada Bina.[8] No entanto, essa tradição oral é hoje considerada um mito fundador da história jacobinense.

O mais provável é que o topônimo Jacobina seja oriundo do tupi, podendo ter os seguintes significados: “jazida de cascalho limpo”, “campo aberto” e “jacuíba desfolhada”.

Igreja Matriz de Santo Antônio - Igreja da Matriz (Foto: Robson Guedes Alves)

História
Ocupação indígena anterior à colonização portuguesa

A região conhecida como “Sertão das Jacobinas”, que engloba a Chapada Diamantina Central e o norte e extremo norte da Chapada Diamantina, incluindo o atual território jacobinense, era originalmente habitada por povos indígenas falantes de idiomas macro-jê, genericamente apelidados de “tapuias”, como os maracás, paiaiás, sapoiás e secaquerinhens. A região da atual Jacobina especificamente era habitada sobretudo pelos paiaiás.

Primeiras entradas, bandeiras e início do extrativismo do ouro

No século XVII, a chegada de exploradores em busca de pedras preciosas contribuiu para o início do povoamento do Sertão das Jacobinas, realizado por vaqueiros ligados aos grandes latifúndios da Casa da Torre e Casa da Ponte, e para o começo do apagamento da memória dos povos indígenas que ocupavam o território antes.

Uma das primeiras entradas no Sertão das Jacobinas em busca de minérios preciosos e do aprisionamento de indígenas para a sua escravização foi a realizada pelo neto de Caramuru Belchior Dias Moreia, conhecido como Muribeca, cuja expedição percorreu o interior da Bahia e de Sergipe entre 1595 (ou 1596) e 1604. Esse explorador alegou ter encontrado minas de prata, informação que não se comprovou na prática. Em 1630, o sobrinho de Muribeca, Francisco Dias d'Ávila, que era ligado também por parentesco aos latifundiários da Casa da Torre, apareceu na região com o mesmo propósito do tio e encontrou minas de salitre no norte da Chapada Diamantina, as quais só começaram a ser efetivamente exploradas na década de 1670. A mão-de-obra utilizada nas salitreiras era a dos indígenas, muitos deles vindos dos aldeamentos.

A partir de meados do século XVII, a região do Sertão das Jacobinas foi desbravada também por bandeirantes paulistas, inicialmente focados na “guerra justa” contra indígenas que não aceitavam o Cristianismo, mas que depois passaram também a procurar pedras preciosas.

Na segunda metade do século XVII, jesuítas criaram, no norte da Chapada Diamantina, aldeamentos missionários, para a catequese e proteção dos indígenas locais. No entanto, devido aos constantes ataques da Casa da Torre e da Ponte às missões, os padres da Companhia de Jesus abandonaram-nas, sendo substituídos pelos franciscanos.

Em 1682, foi criada a Freguesia de Santo Antônio da Jacobina Velha, sediada no aldeamento missionário de São Francisco Xavier, localizado nos arredores do que é hoje a cidade de Campo Formoso, fundado em 1666 pelos jesuítas Jacob Roland e João de Barros.

No final do século XVII e inicio do século XVIII, bandeirantes paulistas que estavam em Cachoeira seguiram pelo curso do Rio Paraguaçu, chegando à região do atual município de Jacobina para realizar “guerra justa” contra os indígenas, mas acabaram descobrindo ouro nessa área. A descoberta de ouro em Jacobina e arredores trouxe para essa área um grande número de desbravadores portugueses e paulistas, além de muitos escravos africanos para trabalhar nas jazidas.

Igreja da Missão

Em 1706, sob o incentivo do latifundiário Antônio da Silva Pimentel, possuidor de terras na região, que havia peticionado no ano anterior para a rainha infante de Portugal, foi estabelecida, no local em que hoje é a cidade de Jacobina, o aldeamento missionário denominado Missão do Bom Jesus da Glória de Jacobina, fundado por missionários franciscanos, que contava com uma capela construída no mesmo ano da fundação. A capela do Bom Jesus da Glória e viria a ser tornar conhecida no futuro como "Igreja da Missão".

Com o aldeamento missionário de Bom Jesus da Glória de Jacobina, os franciscanos reuniram os indígenas remanescentes, com destaque para os paiaiás, com o propósito de catequizá-los. Esta foi a missão religiosa que existiu por mais tempo na região, tendo existido até 1847.

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Geografia

O município situa-se entre serras e desfiladeiros, na zona fisiográfica do Noroeste Baiano, e é parte do Território de Identidade do Piemonte da Chapada Diamantina. Também está incluído no Polígono das secas. Tida como "a capital da Chapada Norte", Jacobina está localizada nas Coordenadas geográficas 11° 10’ de latitude Sul e 40° 30’ de longitude Oeste.

Demografia

O município possui uma população de 79.247 habitantes, segundo dados de 2010 do IBGE, e uma estimativa de 80.635 pessoas no ano de 2020.

Subdivisões
Distritos de Jacobina

Lages do Batata: pequeno povoado situado a 34km de distância da sede do município, onde residem aproximadamente 3 mil habitantes, possui baixa renda per capita, provinda principalmente de trabalhos agrícolas e especialmente do Sisal (planta cultivada na região). Junco: Maior distrito de Jacobina.
Cachoeira Grande: pequeno povoado situado a 29km de distância da sede do município, onde residem aproximadamente 2 mil pessoas, possui baixa renda per capita, provinda da agricultura e do turismo do rio que desce da barragem que fica 3km acima do povoado.

Caatinga do Moura: pequena vila, muito aconchegante, está situada a 45km de distância da sede do município, onde residem aproximadamente 2 mil habitantes, bastantes distribuídos por ao longo de um vale-verde, sendo a principal atividade econômica, a cultura de alimentos, dos quais se destacam bananas para a produção de doce, alho e outras culturas que se favorecem do clima úmido. A história do nome do distrito vem do Sr. Moura, que prestava serviços para o Sr. Alexandre Marques, este veio de Portugal com dinheiro trazido da Coroa Portuguesa, com o objetivo de formar uma expedição e assim explorar o interior do estado da Bahia. Por causa da Caatinga do Moura, Jacobina foi a primeira cidade produtora de alho do Brasil.

Itapeipu 
Itaitu, ou Riachão de Jacobina como também é chamada, é uma pequena vila, situada ao sul da sede, a aproximadamente 25km de distância, sendo 11 pavimentados e 14 de estradas vicinais que sofre variações de acordo com a estação climática (chuvas). O nome Itaitu é de origem indígena, que significa pedra grande; é um local ambientalmente muito atrativo para o turismo ecológico.
Bairros
Bairro da Bananeira Cultura

Patrimônio cultural

O município de Jacobina é rico em patrimônio cultural. Ele tem em seu território quatros bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), ou seja, são reconhecidos quatro Patrimônios Culturais da Bahia em seu território. Destes, dois são tombados pelo Estado, e dois são tombados pela União, sendo: a Capela de Bom Jesus da Glória, e a Igreja da Missão (ambos tombados pela União); e a Casa da Praça Castro Alves, n.° 61, e a Igreja Matriz de Santo Antônio (estes tombados pelo Estado).

Festa de Santo Antônio
Comemorada no dia 13 de junho a festa dedicada a Santo Antônio o padroeiro de Jacobina, inclui em sua celebração três dias de preparação espiritual, além de missas e uma procissão pelas ruas da cidade. A origem da devoção a Santo Antônio em Jacobina remonta ao período colonial, quando o arraial local foi elevado à categoria de Vila de Santo Antônio de Jacobina nomeação que refletia a influência religiosa da época e a presença significativa dos franciscanos na região.

A festividade ocorre em etapas, a novena que tem como recolher doações para o evento, Véspera de Pentecostes onde é celebrada a missa e ocorre a queima de fogos, Saída da Bandeira pela cidade desde a igreja da Matriz ate a Missão, Cortejo Imperial procissão que ocorre no Domingo de pentecostes vindo da igreja da Missão para a Matriz, Sorteio do imperador e Alferes onde decide quem recebera os cargos no ano seguinte, e por fim a entrega da Coroa e Bandeira aos escolhidos simbolizando que serão guardiões da festa e devem mantê-la viva.

A Festa do Divino Espírito Santo (Pentecostes)

A origem: A Festa do Divino Espírito Santo teve origem em Portugal, no século XIV, durante um período difícil para o país, em meio às crises políticas e econômicas. A rainha portuguesa Isabel de Aragão, que era uma grande religiosa, abdicou do trono em favor do Divino Espírito Santo, como um gesto de fé. Ela colocou a coroa, o cetro e o estandarte real no altar da igreja, pedindo ajuda divina para o seu país. A partir dessa ação, a situação em Portugal começou a melhorar, e a rainha retomou o trono. Como forma de agradecimento, ela passou a repetir a cerimônia todos os anos. Essa tradição se espalhou e chegou ao Brasil com os portugueses e os padres missionários. Em Jacobina, acredita-se que a festa começou por volta de 1864.

A Marujada

A é uma das manifestações popular que pertence ao repertório cultural da cidade e existe há mais de 200 anos. É uma tradição de rua que é parte da história do lugar e remonta a tradições do período colonial, entrelaçando, assim o passado e o presente de Jacobina. A Marujada rende homenagem a São Benedito, a quem está relacionada toda sua simbologia de origem, pois era o santo negro de devoção dos escravizados, e traz em seus entrelaços resistência ao coronelismo, devoção religiosa e organização social.

Literatura

A literatura em Jacobina destaca-se pela rica produção cultural no universo dos gêneros literários com destaque para a produção de contos, crônicas, romances, poesia e literatura de cordel. A produção literária reflete os aspectos históricos, trazendo não apenas a trajetória de autores e obras, mas também os projetos literários, eventos e espaços dedicados à leitura e escrita no município.



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Economia

Por causa da exploração de ouro realizada no município, ele está no primeiro lugar da lista dos municípios baianos com maior arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) — em 2020, foram mais de R$ 22.9 milhões.

A economia do município de Jacobina, localizado no centro-norte da Bahia, é marcada por uma diversidade de atividades que se destacam em diferentes regiões da cidade. Entre os principais setores econômicos estão a agricultura familiar, a produção artesanal de doce de banana, a geração de energia eólica, turismo e a mineração de ouro. Cada um desses setores contribui de maneira importante para o desenvolvimento da cidade e para a geração de emprego e renda para a população local.

Produção de doce de banana em Caatinga do Moura

Casarios - Caatinga do Moura

Caatinga do Moura é um distrito rural do município de Jacobina, situado aproximadamente 45 km da sede. Com cerca de 8 mil habitantes, este distrito se destaca pela produção artesanal de doces de banana, uma atividade tradicional que vem sendo mantida de geração em geração e que se tornou uma das principais fontes de renda da comunidade local.

Mineração

A mineração desempenha um papel central na economia de Jacobina, o município é um dos maiores polos de exploração de ouro do país, abrigando a Jacobina Mineração e Comércio (JMC), uma das maiores operações auríferas do Brasil. Atualmente, a JMC está sob o controle da Pan American Silver.

Turismo

Jacobina, conhecida como "Cidade do Ouro", é um município brasileiro localizado na região do Piemonte da Chapada Diamantina, no estado da Bahia. Situada a aproximadamente 330km de Salvador, Jacobina destaca-se por suas riquezas naturais, culturais e pelo potencial turístico como motor de desenvolvimento econômico.

Jacobina é reconhecida por seus recursos naturais diversificados, incluindo 33 cachoeiras, os rios Itapicuru-mirim e Rio do Ouro, além de uma geografia privilegiada para a prática de esportes de aventura, como voo livre, rapel e trilhas ecológicas.

Cachoeira Véu de Noiva, em Itaitu, no município de Jacobina

Jacobina oferece atrações para o ecoturismo e para o turismo histórico e cultural. Os principais pontos turísticos incluem o Alto do Cruzeiro para ver o pôr do sol, a Vila de Itaitu, a Cachoeira Véu de Noiva e o Pico do Jaraguá. Outras atrações naturais são a Serra do Tombador, o Parque das Cachoeiras e a Gruta da Rocha Eterna.

Ecoturismo
  • Alto do Cruzeiro: Ideal para assistir ao pôr do sol.
  • Cachoeira Véu de Noiva: Uma cachoeira de 60 metros de altura.
  • Pico do Jaraguá: Um pico com vista panorâmica.
  • Serra do Tombador e Monte Tabor: Formações naturais na região.
  • Parque das Cachoeiras: Um local com diversas cachoeiras, trilhas e atividades como rapel.
  • Gruta da Rocha Eterna: Uma gruta que faz parte do potencial turístico do município.
Poço localizado no Parque da Macaqueira em Jacobina, Bahia

Turismo histórico e cultural
  • Vila de Itaitu: Um centro de ecoturismo com arquitetura histórica e artesanato.
  • Rampa de Voo Livre: Um local que oferece a prática do voo livre.
  • Cavernas e grutas no distrito de Catinga do Moura: Atrações naturais.
Fachada da entrada da Macaqueira, parque ambiental localizado em Jacobina

Esportes

Jacobina tem como clube de futebol o Jacobina Esporte Clube. Criado oficialmente em 1º de dezembro de 1993, seu mascote/apelido é Jegue da Chapada. O estádio na cidade do clube é o José Rocha. O clube tem destaque no cenário estadual e atualmente luta pela conquista do seu primeiro título baiano.

Estádio Municipal José Rocha

O Estádio Municipal José Rocha, apelidado de Maracanã do Sertão, é um estádio de futebol do município de Jacobina, no estado da Bahia, que atende jogos do campeonato baiano de futebol profissional masculino.

Inaugurado em 1957, ele é um dos estádios mais antigos do interior da Bahia, possuindo a capacidade para 5.000 pessoas e, desde 2014, vem recebendo jogos de futebol profissional das equipes do Jacobina Esporte Clube e do Jacobinense Esporte Clube.

Fundação: 86.649 hab.
População total (2024):
Densidade: 39,5 hab./km²
Clima: Tropical com estação seca
Mesorregião: Centro-Norte Baiano
Microrregião: Jacobina
Território de Identidade: Piemonte da Diamantina
Site Oficial: www.jacobina.ba.gov.br (Prefeitura) | www.camarajacobina.ba.gov.br (Câmara)
Rede Social: https://www.facebook.com/prefeiturajacobina e https://www.instagram.com/prefeiturajacobina/
CEP: 44700-000
Fonte: wikipedia - IA

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