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Uma técnica criada por um arquiteto belga permite montar uma casa completa a partir de blocos de madeira que se encaixam, sem cimento, sem equipe extensa e com montagem limpa do início ao fim Em apenas cinco dias, duas pessoas ergueram uma casa de dois andares usando blocos de madeira que se encaixam como peças de Lego, sem cimento, sem barulho de betoneira e sem equipe de pedreiros.

A cena parece exagero de vídeo viral, mas resume uma tendência real na construção civil: sistemas modulares de blocos pré-fabricados que prometem reduzir prazos, desperdício e custos.

O modelo mais conhecido hoje no mercado internacional é o Gablok, criado por um arquiteto belga justamente para simplificar a obra tradicional e torná la mais sustentável.


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O que é o sistema e como ele nasceu
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O sistema foi desenvolvido pelo arquiteto belga Gabriel Lakatos, com experiência de mais de duas décadas em construção tradicional.

Incomodado com atrasos de obras, desperdício de materiais e custos difíceis de controlar, ele desenhou um método baseado em blocos de madeira isolados que se montam por encaixe, lembrando brinquedos de montar. A ideia começou a ser desenvolvida em 2018 e ganhou patente internacional pouco depois.

A empresa criada para explorar a tecnologia recebeu o nome Gablok e passou a fornecer kits completos para autoconstrução principalmente na Bélgica e em outros países europeus.

O princípio é sempre o mesmo: o cliente envia o projeto, a empresa adapta a planta para o módulo dos blocos, corta todas as peças em fábrica e entrega um kit numerado, acompanhado de um plano de montagem.

Do que são feitos os blocos

Um dos projetos recentes feito com o modelo Gablok. Os blocos não são maciços de madeira comum. O sistema combina chapas de OSB – um painel estrutural feito de lascas de madeira prensadas – com um núcleo de poliestireno expandido (EPS) com aditivo de grafite, que melhora o desempenho térmico.

Cada bloco é leve o bastante para ser carregado por uma pessoa, com peso em torno de 7 a 9 quilos, dependendo do modelo. Isso permite empilhar, testar encaixes, desmontar e refazer trechos sem esforço físico extremo nem uso de guindastes.

O conjunto inclui blocos retos, de canto, peças de travamento, vergas para portas e janelas e elementos específicos para lajes e pavimentos superiores.

A geometria é pensada para que os blocos se encaixem com precisão, dispensando argamassa entre as fiadas. O isolamento em EPS, além de garantir conforto térmico, também participa da forma de encaixe, já que parte do material desliza para criar o “dente” que prende um bloco ao outro.



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Como é o passo a passo da obra

Apesar da aparência de “Lego gigante”, a obra não começa nos blocos. Antes, é preciso executar a fundação – normalmente uma laje ou sistema de vigas aprovado por engenheiro, conforme as normas locais. Só depois de a base estar pronta entra o kit de blocos.

A empresa fornece um plano de montagem detalhado, como um manual de instruções. A partir daí, duas ou três pessoas, com ferramentas simples como nível, escada e parafusadeira, conseguem erguer rapidamente as paredes externas e internas. Relatos de obras mostram que a “casca” de uma casa de cerca de 100 metros quadrados pode ficar de pé em cinco a seis dias de trabalho.

Depois de montadas as paredes, entram as etapas tradicionais: estrutura do telhado, telhas, caixilhos, instalações elétricas e hidráulicas, revestimentos internos e externos. O sistema poupa muito tempo na fase de alvenaria e estrutura de parede, mas não elimina completamente os demais ofícios da construção.

Desempenho térmico e conforto

Um dos pontos fortes do sistema é o isolamento. De acordo com dados técnicos da própria empresa e de estudos independentes, uma parede construída com os blocos atinge valor U em torno de 0,15 W/m²K, que é um indicador de baixa perda de calor. Em muitos países europeus, a exigência padrão para paredes fica em torno de 0,24 W/m²K, ou seja, o sistema vai além do mínimo regulatório e se aproxima do desempenho de casas quase passivas.

Na prática, isso significa menor necessidade de aquecimento no inverno e menos gasto de energia ao longo da vida útil da casa. Em regiões quentes, um bom isolamento também ajuda a reduzir o ganho de calor externo, mantendo o interior mais estável e diminuindo a carga de ar condicionado quando ele é usado.

Quanto ao conforto acústico, estudos citados em artigos sobre construção modular indicam que sistemas leves de madeira com preenchimento isolante conseguem atenuar ruídos com desempenho comparável ou superior ao de paredes convencionais bem executadas, desde que os detalhes de vedação e camada de acabamento sejam respeitados.

Sustentabilidade e redução de desperdício

Outro argumento central é o impacto ambiental. Como os blocos são cortados e montados em fábrica, o sistema chega ao canteiro praticamente na quantidade exata de peças, reduzindo o volume de sobras, entulho e transporte de materiais soltos.

O OSB é feito com madeira de reflorestamento e aproveita lascas e fibras, o que aumenta o rendimento da matéria prima. O EPS com grafite, por sua vez, exige pouco consumo de água e energia no processo de fabricação e é totalmente reciclável.

Revisões acadêmicas sobre construção modular apontam que sistemas similares ao Gablok podem reduzir em cerca de 30 por cento as emissões de carbono associadas à etapa de obra, se comparados à construção convencional em alvenaria e concreto, principalmente por causa da menor massa e da eficiência de transporte e montagem.

Custos e economia de tempo

O custo final por metro quadrado varia muito conforme o país, tipo de fundação, nível de acabamento e padrão de portas e janelas.

Estimativas de mercado na Europa indicam que o sistema pode ficar até cerca de 30 por cento mais barato do que a obra tradicional equivalente, sobretudo quando o próprio cliente participa da montagem das paredes e reduz gastos com mão de obra.

Além disso, como não há tempo de cura de concreto nas paredes nem espera pela secagem de rebocos nessa fase estrutural, o cronograma encurta e o risco de atrasos diminui. A possibilidade de encomendar portas e janelas já no início, com medidas definidas, também ajuda a evitar “buracos na agenda” da obra enquanto se espera por esquadrias.

Veja Vídeo abaixo:

Limitações, desafios e dúvidas frequentes

Apesar das promessas, o sistema não é uma solução mágica. Ainda é preciso projetar e executar corretamente a fundação, garantir proteção contra umidade no encontro entre a base e os blocos e respeitar as normas de segurança contra incêndio e desempenho estrutural de cada país.

Para funcionar bem em climas muito úmidos, como várias regiões tropicais, os detalhes construtivos de barreira de vapor, ventilação das fachadas e escolha dos revestimentos externos ganham importância.

Informativos da empresa destacam que as paredes são pensadas para gerenciar umidade com camadas específicas, mas esse desempenho depende de execução correta e fiscalização técnica.

Outra limitação é a necessidade de adaptar o projeto arquitetônico ao módulo dos blocos. Nem toda planta convencional se converte diretamente para o sistema sem ajustes de medidas e vãos. Por isso, a empresa costuma participar da etapa de compatibilização, gerando um “layout Gablok” da casa antes de cortar as peças.

Por fim, mesmo sendo pensado para autoconstrução, o sistema não dispensa profissionais. Engenheiros e arquitetos são responsáveis pelos cálculos estruturais, aprovação em prefeitura e enquadramento nas normas técnicas. A parte “faça você mesmo” se concentra principalmente na montagem da estrutura de paredes.

Perspectivas de uso em outros países

Hoje, a fabricação dos blocos é concentrada na Bélgica, com foco no mercado europeu e planos de expansão internacional.

Isso significa que a adoção em países de fora desse eixo depende de parcerias, licenciamento da tecnologia e adaptação às normas locais de desempenho térmico, acústico, resistência ao fogo e durabilidade da madeira.

Mesmo assim, o conceito ajuda a antecipar uma tendência mais ampla da construção civil: estruturas cada vez mais industrializadas, com menos improviso em obra, menos desperdício e grande parte da inteligência de projeto concentrada na fase de pré fabricação.

Sistemas de blocos encaixáveis em madeira, como o Gablok, mostram que a ideia de “montar uma casa como Lego” já não é apenas metáfora publicitária, mas um cenário que começa a ganhar escala.


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