A centenária Igreja de São Miguel das Figuras, localizada em Jacobina, no norte da Bahia, corre risco de desabamento. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Ministério Público do estado (MP-BA), que recomendou a suspensão dos passeios no local como medida de segurança.
Localizado na Serra das Figuras, o templo está em ruínas e costuma entrar no roteiro de turistas que viajam para conhecer a região. A medida do MP-BA foi tomada na última sexta-feira (5) após a análise da divulgação de um evento que seria realizado na estrutura.
No documento, o órgão recomenda à agência de turismo 074 Trekking e à Associação Payayá de Guias e Condutores Ambientais de Jacobina a adoção de medidas urgentes para proteger a Igreja de São Miguel das Figuras e o entorno.
Além do evento identificado, um relatório do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural do MP-BA (Nudephac) destacou que a realização de turismo sem atuações necessárias, como o isolamento e escoramento das áreas com ameaça de desmoronamento e o impedimento da geração de poluição do meio ambiente, podem representar risco à preservação do local e à segurança dos visitantes.
Entre as medidas recomendadas, conforme a nota técnica, está a necessidade de manter distância superior a oito metros da igreja e das ruínas. Conforme o MP-BA, também foram pedidas providências que evitem o descarte indevido de lixo, como também a emissão sonora superior a 60 decibéis.
Conheça a Igreja das Figuras
A Igreja de São Miguel das Figuras foi construída para São Miguel, na década de 1750. O responsável foi um homem apontado como um dos maiores exploradores de ouro da Bahia na época: Romão Gramacho.
Segundo contou o historiador Valter de Oliveira, durante entrevista ao programa "Conexão Bahia", da TV Bahia, muitas lendas citam Gramacho. Uma delas diz que o homem teria feito um pacto com o diabo para conseguir o templo e depois o enganou. Isso teria feito com que ele desse coices nas paredes da igreja, deixando uma delas torta.
Outro relato diz que, para burlar impostos, o explorador de ouro teria escondido parte da riqueza e, por isso, muitas pessoas buscam pela fortuna na região até hoje.
Ainda segundo o historiador, a igreja ficou de pé até a década de 1970, quando um incêndio atingiu o templo e destruiu o telhado. Apesar disso, devotos de São Miguel visitam o local todo ano, em 29 de setembro.
por Redação g1 Ba
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